Nos 238 anos
do nascimento de Jane Austen confesso que a escritora e sua obra são mistérios para
mim. E, admito, também, que talvez este seja o mais difícil e polêmico post que já escrevi no blog.
Aclamada,
reverenciada e adorada por milhares de leitores, Jane Austen ainda não fez
minha cabeça. Digo ainda porque não
desisti dela, mesmo depois de três romances lidos e pouco entusiasmo com sua
escrita. Que os fãs da escritora inglesa me perdoem, mas preciso expurgar essa
minha impressão, quem sabe assim não consigo compreender sua obra.
Fui
apresentada à escritora tardiamente e por uma adaptação cinematográfica: Razão e sensibilidade, filme de 1995,
dirigido por Ang Lee, com Emma Thompson, Kate Winslet, Hugh Grant. Confesso que
gostei muito do filme e, por isso, me animei ler o livro. Encontrei-o com o
título de Razão e sentimento, mas a
leitura não fluiu tão bem e não me entusiasmei pelo livro tanto quanto pelo
filme.
A segunda
investida foi Emma, e aqui não me
recordo se li o livro primeiro ou se assisti à adaptação cinematográfica. Seja
como for, ambos, livro e filme foram “bacaninhas”, mas nada promissores. Aliás,
achei o enredo semelhante à Razão e
sentimento, ou seja, mulheres em busca de um casamento e, se for promissor,
melhor ainda (desculpe a generalização, mas é isso que senti, e isso me
incomodou um pouco).
Recentemente,
por ocasião dos 200 anos da publicação de Orgulho
e preconceito, uma de suas obras mais lembradas, resolvi que era a vez de
ler esse livro e acabar de vez com essa “birra” com a escritora. Sabendo disso,
uma amiga deu-me o livro no meu aniversário e, tão logo pude, aventurei-me por
suas páginas.
Confesso que
foi agradável ler, a leitura fluiu maravilhosamente e voltava com vontade para
o livro, mas... a impressão de mal-estar com a semelhança da trama com os
outros livros que li voltou a me incomodar. Não era possível que a história
tivesse o mesmo tom dos outros romances, girando sempre em torno da questão do
casamento. Até Mr. Darcy, que muitas amigas me falavam, suspirando e sonhando,
eu não gostei. Achei-o insuportável no início e, se seu modo de ser mudou no
decorrer da trama, minha disposição para com ele não arrefeceu. Pra ser sincera
gostei mais de Elisabeth, que me pareceu uma moça mais disposta a mudar a
condição feminina.
Logo depois
assisti ao filme para, quem sabe assim, ter uma opinião diferente. Ledo engano,
pois a sensação não mudou, aliás, achei-o parecido com o livro, nem melhor, nem
pior. E admito até ter sentido certa impaciência para que o fim chegasse.
O fato é
que, apesar dessas experiências, como disse, não desisti de Jane Austen, ainda
quero ler pelo menos mais dois de seus livros: Persuasão e Mansfield Park.
Pode ser que a má impressão passe ou então entregue os pontos de vez e admita
que a ironia da escritora em descrever seus personagens e a condição da mulher
na época retratadas em seus livros estão além da minha compreensão.
E mais uma
vez peço desculpas aos admiradores de Jane Austen.
Também achei o Mr. Darcy um chaaaato!!!! rsrsrsrrs
ResponderExcluirGostei do livro, mas realmente não é, para mim, nenhuma obra prima. : )
beijos
Obrigada, Érika, pelo menos não estou sozinha (rs)
ResponderExcluir