segunda-feira, 5 de julho de 2010

Cidade literária




Paraty é um lugar mágico, encantador, cultural e efervescente. Desde que fui à cidade, em julho de 2008, para participar da Flip, não consigo tirar aquela cidade da minha mente e do meu coração. Tanto que voltei lá em 2009 e estou prestes a ir este ano novamente. Já não consigo mais imaginar minhas férias de julho e minha vida sem aquele esplendor da Festa Literária de Paraty. Por isso, quando soube que em 2010 a Flip aconteceria em agosto, por causa da Copa do Mundo, mudei a data das minhas férias, para não correr o perigo de perder a festa.

Estou, assim, em contagem regressiva. De hoje até a data da abertura oficial falta pouco menos de um mês. Os ingressos já foram postos à venda e, como já era de se esperar, logo no primiero dia quatro das principais mesas estão esgotadas, entre estas três que eu queria justamente participar: Isabel Allende, Robert Crumb e Salman Rushdie. Mas não desanimo não, sei que de uma forma ou de outra vou ver e lutar para conseguir um autógrafo.

Este ano a Flip está particularmente repleta de boas e interessantes mesas, com autores que valem a pena uma corrida até lá. Já vi que vou gastar muito para assistir a todas que quero, mas o que é a vida sem a literatura, sem o fascínio dos livros, sem a proximidade com seus ídolos das letras?

Gilberto Freyre, o mais literário dos pensadores sociais brasileiros e autor de obras como Casa Grande & Senzala, é o grande homenageado da Flip 2010, que acontecerá de 4 a 8 de agosto. Várias mesas foram preparadas para discutir a obra do escritor sociólogo, entre estas a que contará com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, autor do prefácio da edição mais recente daquele livro de Freyre.

Dos autores que espero ver e assistir às mesas, além daqueles já citados acima, estão Patrícia Melo e Lionel Shriver, esta autora do premaido romance Precisamos falar sobre o Kevin; Azar Nafisi, que escreveu Lendo Lolita no Teerã; e Robert Darnton, diretor da Biblioteca da Universidade Harvad, e autor do livro A Questão dos livros: passado, presente e futuro, uma coletênea de artigos que são uma delcaração de amor à palavra impressa, mesmo àquela impressa numa tela.

E como se todo esse potencial ainda não bastasse – se é que isso é possível – a Flip conta também com as atrações da Flipinha (crianças), Flipzona (adolescentes) e Casa da Cultura, além de proporcionar momentos indescritíveis em meio às suas ruas de calçadas irregulares: manifestações populares, teatro, apresentações poéticas e muita, mas muita amizade mesmo. Pessoas queridas que conheci ali, de diferentes localidades do Brasil, como Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Santos, Itatiaia e São Paulo, e que mantenho vínculos até hoje.

Mais que uma cidade literária, Paraty é mesmo um lugar mágico.


Informações sobre a Flip, acesse http://www.flip.org.br

* A foto da paisagem é de Vera Albuquerque; a da tenda dos autores é de Walter Craveiro.

4 comentários:

  1. Ai que inveja, Cecilia...rs..acho Paraty lindíssima e ir à Flip deve ser um sonho! Conte tudo para gente depois!! Bjs

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  2. aaaiii...já ansiosa para me perder nas ruas de Paraty !!!

    flip aí vamos nós!!!

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  3. Eu não conheço Paraty, mas nunca vou esquecer que foi você quem me mandou um pedacinho dela no ano passado.

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  4. Este ano eu não perco a Flip por nada! rs. Ah, e Paraty é realmente uma cidade linda, q eu amooo!
    Bjo.

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