Já em O Livro de Cabeceira, filme
franco-britânico, de 1996, dirigido por Peter Greenaway, baseado no livro da
escritora japonesa Sei Shōnagon, as listas servem para enumerar
histórias da vida de Nagiko, a protagonista, bem como coisas que lhe agradam e,
sobretudo seus amantes.
No meu caso,
as listas fazem parte do meu cotidiano já há um bom tempo para ordenar coisas
que quero fazer e comprar, viagens a planejar, aulas a cursar, presentes a dar,
filmes a assistir, músicas para ouvir e, é claro, livros a ler. E neste item há
algumas categorias que se subdividem em: lidos, a comprar, a emprestar, a
pesquisar, a presentear e por aí vai...
Ultimamente –
desde o final do ano passado pra ser mais exata – tenho me dedicado a elaborar
a lista dos livros a ler neste ano, mas confesso que está difícil, pois estamos
em fevereiro e ainda não cheguei a um consenso. Claro, isso não me impede de
ler, e vou lendo, acrescentando um livro, tirando outro, deixando mais um pra
depois, passando aquele outro na frente e assim por diante.
Nessa
elaboração, já modifiquei milhares de vezes a minha lista e até cheguei a
colocar cores diferentes nos títulos de livros de escritores brasileiros, portugueses,
franceses, língua espanhola, alemães, japoneses, etc., de forma que eu leia
autores de nacionalidades diferentes.
Além disso,
como gosto muito de ir a bibliotecas e emprestar livros delas, embora tenha uma
infinidade de títulos em casa me esperando, achei por bem destacar as obras que
tenho de uma mesma cor, independente do país a que seus autores pertençam.
Espero assim conseguir lê-los, intercalando-os com os que pego nas bibliotecas
ou que os amigos emprestam.
Parece até coisa
de maluco (quem sabem?) ou de quem não tem o que fazer, mas sinto um prazer
enorme nessa tarefa, como se fosse uma terapia – seria ansiedade literária? Talvez.
Acho que é por isso que a minha listagem não termine nunca. Sem falar que vou
modificando-a ao meu bel prazer, sem me prender a uma norma rígida, guiando-me
pelo momento e pelo interesse que um livro possa despertar naquele instante.
Por falar nisso, lembrei-me de um título sugerido por um amigo... é acho que
vou lá modificar minha lista, mais uma vez...
Reparei que está a ler o Bom Inferno de João Tordo, também já o li.
ResponderExcluirDe todos os prémios José Saramago, foi o que menos gostei.
No entanto, não o considero um mau livro. É uma estória muito bem contada, talvez a estória mais bem contada de todos os prémios Saramago, mas julgo que lhe falta algum conteúdo.