Em 2017 as leituras
foram intensas e diversificadas. Contudo, procurei ler mais escritoras mulheres
e acho que o resultado foi bom e surpreendente, embora tenha deixado de lado
alguns autores que gostaria de ter lido. Esses ficarão para 2018... seja como
for, gostei da maioria dos livros que me acompanharam e marcaram minha história
nesse 2017 que chega ao fim.
Vamos então a Retrospectiva
Literária deste ano.
A fantasia que me encantou:
A Raposa Sombria – uma lenda islandesa, de Sjön
Foi o meu primeiro
contato com a literatura islandesa e a obra do autor. Achei fascinante essa
fábula, que mistura o rigoroso inverno islandês a uma enigmática raposa. Uma
jornada de transformações muito envolvente.
O clássico que me marcou:
O Capote, de
Nikolai Gogol
Trata-se de um conto
de extraordinária beleza, que mistura fantasia e realidade, sobre a arte da
sobrevivência.
O livro que me fez refletir:
Quarenta Dias, de
Maria Valéria Rezende
Romance
surpreendente que me fez imergir na escrita de Maria Valéria Rezende. A jornada
de Alice, uma professora que vê sua rotina alterada e passa a perambular pela
periferia de Porto Alegre, suscitou reflexões e reconhecimento de mim mesma
diante da história da protagonista. Identificação e alento foi o que senti.
O livro que me fez chorar:
O Xará, de Jhumpa
Lahiri
Com uma escrita
delicada e ao mesmo tempo profunda, Jhumpa envolve o leitor nesse romance em
que Gógol, o protagonista, acha-se perdido entre duas culturas: a dos Estados
Unidos, onde nasceu e vive, e a que veio da Índia, trazida pelos seus pais
indianos. Tocante, emocionante, lindo. Amei e chorei muito.
O livro que me decepcionou:
O Pau, de Fernanda
Young
Não que eu esperasse
muito, mas tive boa vontade em ler esse livro, só que... Na verdade nem me
decepcionei, eu simplesmente achei o livro muito ruim. Sem comentários. Não
vale a pena.
O livro que me surpreendeu:
Androides Sonham com Ovelhas Elétricas, de Philip K. Dick
Não é que duvidasse
do talento de Philip K. Dick, mas como amo – e amo - “O caçador de androides”, filme baseado nesse
livro, é sempre um temor encontrar diferenças que ofusquem uma ou outra obra...
enfim, as diferenças existem, mas o amor continua pelo filme e redobrou com o
livro. Eu simplesmente adorei a leitura, descobri novas vertentes e me deleitei
com as semelhanças. Muito, mas muito bom.
O livro que devorei:
O Voo da Guará Vermelha, de Maria Valéria Rezende
Devorar nem tanto,
não no sentido de ler rápido, mas devorar em saborear, em me deleitar com o
livro. História fascinante, dolorida, linda, emocionante, delicada. A
trajetória do pedreiro Rosálio, que sonha em aprender a ler, e que vai ao de encontro de Irene, uma prostituta, que lhe ensina o caminho das letras, é pura poesia. Encantamento!
O livro que comecei, mas não terminei:
Esse Cabelo, de
Djalmilia Pereira de Almeida
Autora angolana com
uma temática bem interessante, mas o estilo é difícil, a leitura não fluiu e
não consegui entender muitas passagens. Tive de parar. Espero retomar mais para
frente, com mais calma.
A capa mais bonita:
O Marechal de Costas, de José Luiz Passos
Belíssima. E o livro
é muito bom.
O primeiro livro que li no ano:
Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, de J. K. Rowling, John Tiffany e Jack Thorne
Foi o livro que
ganhei no amigo secreto, sempre começo o ano com o livro que ganhei no final do
ano. Ah, gostei da história. Tem um ar de nostalgia no reencontro com
personagens e universo queridos.
O último livro que terminei:
A Amiga Genial, de Elena Ferrante
O livro ficou na
lista o ano inteiro e eu não poderia terminar 2017 sem, ao menos, começá-lo.
Leitura deliciosa, que lembra muito a infância.
O livro que li por indicação:
Yuxin, de Ana
Miranda
Não foi bem uma
indicação, mas foi. Ganhei o livro no meu aniversário do ano passado, mas
acabei lendo só em 2017. Romance ambientado na floresta amazônica, com
linguagem ousada e muito interessante. A escrita tem som e chega ao coração. Acompanhado
de CD com passagens e sons do livro. Muuuuuito bom.
A frase que não saiu da minha cabeça:
“É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos
se não saímos de nós.”, em O Conto da Ilha Desconhecida, de José
Saramago.
O (a) personagem do ano:
Rosálio, de O Voo da Guará Vermelha. Muito lindo.
O melhor livro nacional:
O Voo da Guará Vermelha, de Maria Valéria Rezende.
O melhor livro que li em 2017:
O Voo da Guará Vermelha, de Maria Valéria Rezende.
Li em 2017...
33 livros
A minha meta literária para 2018 é:
Diversificar gêneros
literários, prosseguir na leitura de escritoras mulheres, concluir sagas e ler
mais José Saramago.
Top Cinco:
O Voo da Guará Vermelha, de Maria Valéria Rezende
O Xará, de Jhumpa
Lahiri
Jerusalém,
de Gonçalo Tavares
Réquiem – Uma Alucinação, de Antonio Tabucci
Menção
Honrosa para:
A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón
A Mulher Desiludida, de Simone de Beauvoir
Clara dos Anjos, de Lima Barreto
E que venham mais e
belas leituras em 2018. Feliz Ano Novo a todos!
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