Ela acalma, emociona, diverte, anima.
Pode entreter, levar a mente para outros mundos, confortar nos momentos difíceis, trazer conhecimento, alargar horizontes.
E o que é melhor, sem que a pessoa saia do lugar onde está, esteja aonde estiver, até mesmo no tumulto de um terminal rodoviário, abarrotado de pessoas em um final de ano, a espera do ônibus para o litoral paulista.
O dia? 30 de dezembro de 2009.
Eu, minha irmã e meu sobrinho chegamos às 19h35 no terminal do Jabaquara, em São Paulo. Ali embarcaríamos para a Praia Grande, o nosso destino da passagem do final de ano. O horário do ônibus estava marcado para às 21h15, mas pela quantidade de pessoas que circulavam pelo terminal já dava pra ter uma ideia da dificuldade que seria para chegar até a plataforma de embarque que, vista de cima, mais parecia um formigueiro em expansão.
Só que para alcançar o local exato, mal dava pra passar pelas pessoas que ali se instalaram, mesmo que o horário de saída delas não fosse aquele. Mas era compreensível, porque logo constatamos que os ônibus estavam com o embarque atrasado e deveríamos também encontrar um lugar para se encostar e esperar.
A tarefa não era fácil, mas rapidamente minha irmã conseguiu achar um espaçozinho no banco de pedra perto das grades que limitavam a plataforma. Eu e meu sobrinho tivemos de agüentar mais um pouco em pé, até que por fim eu também consegui sentar e depois ele.
Há tempos esperava por esse momento, quero dizer, o de passar o final de ano na praia. Seria a primeira vez e a expectativa era enorme. Sempre ouvi dizer – e vi pela televisão – que o espetáculo de fogos na areia com o mar ao fundo era uma das coisas mais bonitas para presenciar, e a vontade de estar em meio àquela multidão era imensa. Mas não sei porquê eu não me sentia muito animada, estava meio apática, introspectiva e tensa. Só sabia que não era pela dificuldade de embarque, o meu humor não estava bom muito antes de chegar ao terminal.
O tempo foi passando e logo chegou o do nosso embarque, mas o atraso nos horários fez com que tivéssemos de aguentar mais um tanto, aumentando ainda mais o meu desânimo.
Foi quando lembrei que na minha bolsa estava um livro que eu havia escolhido para levar à praia e ler quando achasse necessário: Nunca Subestime uma Mulherzinha, de Fernanda Takai, aquele que eu havia adquirido em outubro do ano passado, mas que deixei para ler depois. Escolhi levar este livro porque era uma leitura mais leve, rápida, com crônicas e histórias curtas do cotidiano e memórias da infância da cantora, perfeito para ler naqueles dias de praia. E foi mais que perfeito para aquele momento em que me encontrava. Toda a algazarra, falatório, euforia, barulho de ônibus e tudo o mais foi esquecido quando me debrucei sobre as páginas do livro. Entrei em outro mundo. E mais, me senti melhor comigo mesma.
As horas foram avançando e quando dei por mim já eram quase 23 horas. Do outro lado minha irmã me acenava para que eu andasse logo porque o nosso ônibus já estava encostando na plataforma e precisaríamos chegar mais perto do ponto de embarque.
Contrariada, mas mais aliviada, fechei o livro e me preparei para tentar passar pelas pessoas que ainda atravancavam a plataforma. Chegar até o local exato para subir no ônibus não foi nada fácil, tive de dar alguns empurrões, não sem antes pedir licença, apertar aqui, alargar dali, mas com certeza já me sentia bem melhor.
Quando entrei no ônibus e me vi sentada no banco marcado, percebi que a leitura agiu como um perfeito antídoto sobre o meu humor, neutralizando venenos e fazendo com que a paz interior voltasse a reinar no meu coração.
Pode entreter, levar a mente para outros mundos, confortar nos momentos difíceis, trazer conhecimento, alargar horizontes.
E o que é melhor, sem que a pessoa saia do lugar onde está, esteja aonde estiver, até mesmo no tumulto de um terminal rodoviário, abarrotado de pessoas em um final de ano, a espera do ônibus para o litoral paulista.
O dia? 30 de dezembro de 2009.
Eu, minha irmã e meu sobrinho chegamos às 19h35 no terminal do Jabaquara, em São Paulo. Ali embarcaríamos para a Praia Grande, o nosso destino da passagem do final de ano. O horário do ônibus estava marcado para às 21h15, mas pela quantidade de pessoas que circulavam pelo terminal já dava pra ter uma ideia da dificuldade que seria para chegar até a plataforma de embarque que, vista de cima, mais parecia um formigueiro em expansão.
Só que para alcançar o local exato, mal dava pra passar pelas pessoas que ali se instalaram, mesmo que o horário de saída delas não fosse aquele. Mas era compreensível, porque logo constatamos que os ônibus estavam com o embarque atrasado e deveríamos também encontrar um lugar para se encostar e esperar.
A tarefa não era fácil, mas rapidamente minha irmã conseguiu achar um espaçozinho no banco de pedra perto das grades que limitavam a plataforma. Eu e meu sobrinho tivemos de agüentar mais um pouco em pé, até que por fim eu também consegui sentar e depois ele.
Há tempos esperava por esse momento, quero dizer, o de passar o final de ano na praia. Seria a primeira vez e a expectativa era enorme. Sempre ouvi dizer – e vi pela televisão – que o espetáculo de fogos na areia com o mar ao fundo era uma das coisas mais bonitas para presenciar, e a vontade de estar em meio àquela multidão era imensa. Mas não sei porquê eu não me sentia muito animada, estava meio apática, introspectiva e tensa. Só sabia que não era pela dificuldade de embarque, o meu humor não estava bom muito antes de chegar ao terminal.
O tempo foi passando e logo chegou o do nosso embarque, mas o atraso nos horários fez com que tivéssemos de aguentar mais um tanto, aumentando ainda mais o meu desânimo.
Foi quando lembrei que na minha bolsa estava um livro que eu havia escolhido para levar à praia e ler quando achasse necessário: Nunca Subestime uma Mulherzinha, de Fernanda Takai, aquele que eu havia adquirido em outubro do ano passado, mas que deixei para ler depois. Escolhi levar este livro porque era uma leitura mais leve, rápida, com crônicas e histórias curtas do cotidiano e memórias da infância da cantora, perfeito para ler naqueles dias de praia. E foi mais que perfeito para aquele momento em que me encontrava. Toda a algazarra, falatório, euforia, barulho de ônibus e tudo o mais foi esquecido quando me debrucei sobre as páginas do livro. Entrei em outro mundo. E mais, me senti melhor comigo mesma.
As horas foram avançando e quando dei por mim já eram quase 23 horas. Do outro lado minha irmã me acenava para que eu andasse logo porque o nosso ônibus já estava encostando na plataforma e precisaríamos chegar mais perto do ponto de embarque.
Contrariada, mas mais aliviada, fechei o livro e me preparei para tentar passar pelas pessoas que ainda atravancavam a plataforma. Chegar até o local exato para subir no ônibus não foi nada fácil, tive de dar alguns empurrões, não sem antes pedir licença, apertar aqui, alargar dali, mas com certeza já me sentia bem melhor.
Quando entrei no ônibus e me vi sentada no banco marcado, percebi que a leitura agiu como um perfeito antídoto sobre o meu humor, neutralizando venenos e fazendo com que a paz interior voltasse a reinar no meu coração.
A leitura tem mesmo o poder de transfomar nosso humor...ainda mais quando é um livro leve e alto astral como esse. Já li "Nunca subestime..." e adorei. Bem que a Fernanda Takai podia lançar outro livro,né? Bjs
ResponderExcluirque legal ciça!!! espero q seu ano novo tenha sido otimo na praia! qd eu era menor sempre ia pra praia grande no ano novo.
ResponderExcluirdp conta mais sobre o livro eheeh
Ahh... O ano novo no litoral é realmente lindo. Eu passei a virada na praia pela primeira vez também, em Copacabana, entre 2 milhões de pessoas. Acho que nunca vou esquecer daqueles momentos...
ResponderExcluirSobre a leitura... Ah, é bem isso mesmo. É assim que bons livros, filmes e músicas agem em mim: diretamente no meu estado de espírito, no meu humor.
Quero muito ler esse livro da Takai. Li algumas crônicas uma vez, sentada numa livraria, mas não cheguei a comprar. Depois de ler essa sua descrição, acho que comprarei logo...
Beijos, Ciça! E um excelente 2010 pra vc!
Adorei seu texto e concordo plenamente, flor!
ResponderExcluirbeijinhos e bom final de semana!