Quando se fala em livros e nos eventos relacionados ao mundo da literatura, eu fico logo alvoroçada. Minha vontade é participar de todos, aprofundar meus conhecimentos, me deleitar nas inúmeras possibilidades de leituras. Mas, infelizmente, isso não é possível, quer seja pela questão financeira, quer seja pela falta de tempo por causa do trabalho, ou ainda pela incapacidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, ainda mais se esses lugares estão a milhas e milhas de distância.
É o caso de Buenos Aires, na Argentina, se bem que este não se trata de um lugar tão distante assim. Mas ainda pouco acessível para mim.
É que aquela cidade está ostentando, desde 23 de abril, data em que se comemora o Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor, o título de Capital Mundial do Livro e, por consequência, uma série de eventos ligados ao universo literário estarão acontecendo no local, por um período de um ano.
Capital Mundial do Livro é um título concedido, desde 2001, pela Unesco e por grandes representantes da indústria editorial mundial, como Associação Internacional dos Editores (IPA), Federação Internacional de Vendedores de Livros (IBF) e Federação Internacional das Associações e Instituições Bibliotecárias (IFLA), a uma cidade, dos 191 países (segundo dados da ONU) espalhados pelos seis continentes terrestres, com programas de reconhecida qualidade para a promoção do livro e da leitura.
Assim, Buenos Aires foi nomeada para ostentar o título até 23 de abril do próximo ano. A seleção é bastante disputada e é feita por meio de uma comissão com a análise de projetos enviados pelos concorrentes, que incluem as atividades do setor livreiro e editorial, os eventos literários e as práticas de incentivo à leitura.
E Buenos Aires, na Argentina, não podia ter sido a escolha mais certa, já que o país vizinho é conhecido por incentivar a prática da leitura por meio de eventos e programações especiais, possuir 3.200 livrarias, segundo dados da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, e sua população ler quatro vezes mais do que os brasileiros.
E como se tudo isso não bastasse, a Argentina ostenta também uma lista de admiráveis escritores, como Jorge Luís Borges, Julio Cortázar, Ernesto Sábato, Adolfo Bioy Casares, Ricardo Piglia e Pola Olaixarac, a jovem escritora que virá ao Brasil, este ano, para a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), entre outros.
Buenos Aires terá uma programação literária intensa durante todo o ano em que exibirá o título de Capital Mundial do Livro. O homenageado da edição é o escritor peruano Mario Vargas Llosa, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2010.
Para começar, a cidade inaugurou, na semana passada, a 37ª Feira Internacional do Livro, cujo tema é “Uma cidade aberta ao mundo dos livros”, e que se estenderá até 9 de maio. Outras atividades, como passeios turísticos com temática literária, obras de teatro gratuitas pelas ruas da cidade, palestras e exposições estarão acontecendo. Para saber mais é só conferir o site oficial da 11ª Capital do Livro em http://www.capitaldellibro2011.gob.ar/
Abaixo estão listadas as cidades que já foram eleitas como Capital Mundial do Livro:
2011 – Buenos Aires, Argentina
2010 – Liubliana, Eslovênia
2009 – Beirute, Líbano
2008 – Amsterdã, Países Baixos
2007 – Bogotá, Colômbia
2006 – Turim, Itália
2005 – Montreal, Canadá
2004 – antuérpia, Bélgica
2003 – Nova Deli, Índia
2002 – Alexandria, Egito
2001 – Madrid, Espanha
2011 – Buenos Aires, Argentina
2010 – Liubliana, Eslovênia
2009 – Beirute, Líbano
2008 – Amsterdã, Países Baixos
2007 – Bogotá, Colômbia
2006 – Turim, Itália
2005 – Montreal, Canadá
2004 – antuérpia, Bélgica
2003 – Nova Deli, Índia
2002 – Alexandria, Egito
2001 – Madrid, Espanha
Em 2012, será a vez de Erevan, na Armênia.
Vamos torcer e trabalhar para que o Brasil também possa, um ano, ostentar o título de Capital Mundial do Livro. Será como ver um grande sonho realizado.
Eis mais um bom motivo para conhecer ou revisitar a ótima Buenos Aires!
ResponderExcluirQuanto ao Brasil ser a capital mundial do livro, quero que isso aconteça, mas por méritos (ou seja, uma população que realmente leia e valoriza os livros), não por política.
Gostei de saber que Buenos Aires é a capital mundial do livro e vamos torcer para que o Brasil também consiga esse título!
ResponderExcluirAbraços,
Paula
Olá Cecilia, A Argentina deste muito valoriza e incentiva o livro e a leitura em seu povo, muito justo para Buenos Aires deter este título, e nós brasileiros devemos aplaudi-la. Apesar de saber que ainda falta muito para merecermos um título desses, acredito que estamos lentamente mudando nosso perfil. Às vezes me ponho a pensar sobre isso e me pergunto: calor, sol, praia, carnaval, forró ... têm alguma coisa contra literatura?
ResponderExcluir“Noites Brancas”é um livro de contos, e os contos de Dostoievski ... bem ele é o mestre dos contos ( espero que Poe, Tchekhov,Maupassant, Borges... não me leiam, rs,rs,rs). Dou a maior força para que você o leia, e vou estar aqui para comentar a resenha.
Beijos
Oi, Ceci
ResponderExcluirEu também fico com vontade de participar de todos os eventos literários, mas... rsrs
Eu não conhecia essa escritora que você citou, Pola Olaixarac. Bem bacana conhecer novos autores. Vou pesquisar.
beijos ;)
Também tenho vontade de participar de tudo, Cecília, mas ánime-se, você é uma privilegiada por morar em São Paulo, tem tem (quase) tudo. E mesmo morando aqui no Sul, do ladinho, ainda não conheço Buenos Aires, mas está na lista! beijão
ResponderExcluir