sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ler com outros olhos

“Braille são pontos mágicos que se transformam em letras.

Letras que se transformam em palavras.

Palavras que completam o mundo das pessoas cegas com informações, histórias e formas.

8 de abril. Dia Nacional do Braille.

Homenagem da Fundação Dorina Nowill para Cegos”

A bela mensagem, acrescida da imagem acima, recebi hoje, via e-mail, da Fundação Dorina Nowill para Cegos, instituição que há mais de seis décadas faz um belo trabalho de inclusão social das pessoas com deficiência visual. A data do envio, por si só, já diz tudo, uma deferência ao Dia Nacional do Braille, comemorado hoje, 8 de abril.

O dia foi instituído por meio da lei nº 12.266, aprovada em 21 de junho de 2010. E o dia 8 de abril foi escolhido em homenagem à data de nascimento de José Álvares de Azevedo, o primeiro professor cego brasileiro que estudou o método em Paris e o trouxe para o Brasil. Recebeu, por isso, o título de honra como “Patrono da Educação dos Cegos no Brasil”.

Braille e o sistema

A visão é, sem dúvida, o principal instrumento para uma boa leitura, além disso possibilita ao homem aprimorar sua percepção de mundo. No entanto, o ato de ler não se limita apenas àquele sentido humano e, pode-se afirmar, com toda a certeza, que vai muito além dele. Se não fosse assim, os deficientes visuais estariam, definitivamente, impossibilitados de apreciar uma leitura.

Foi graças ao francês Louis Braille que as pessoas desprovidas de visão também foram inseridas no universo da leitura. Ele perdeu a visão aos três anos e, mais tarde, desenvolveu um sistema de leitura e escrita para pessoas cegas, utilizando como base o sistema de Barbier – que fazia a comunicação noturna entre os soldados do exército francês A versão final do sistema foi apresentada em 1837, mas levou algumas décadas para ser aceita na França, sendo difundida no mundo no final do século XIX.

O sistema é baseado na combinação de seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos, permitindo a formação de 63 caracteres diferentes, que representam as letras do alfabeto, números, simbologia aritmética, musicografia e, recentemente, da informática. É feito por meio da leitura tátil, pois os pontos em relevos devem obedecer à medida padrão, e a dimensão da cela braille deve corresponder à unidade de percepção da ponta dos dedos.

Se quem lê, vê o mundo com outros olhos, com outros olhos também é possível ler.

Descrição da Imagem: Fotografia da ponta de um dedo. As linhas que formam a impressão digital estão em destaque e são formadas por frases da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis, escritas em preto. Embaixo, a possível ler com outros olhos.

Para conhecer mais o trabalho da Fundação Dorina Nowill acesse http://www.fundacaodorina.org.br

3 comentários:

  1. Ciocinha, minha querida, como foi seu aniversario?
    te liguei para dar parabens, mas acho q o numero era antigo, rs, voce mudou de tel?
    espero q tenha comemorado bastante!
    q dia a gente poderia se encontar? para mim a tarde é melhor.
    bjs, Cris

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  2. Oi Cecília! Vim conhecer seu blog e agradecer seu comentário sobre minha entrevista. Obrigada! Ah, vocês estão me dando incentivo para retomar meus escritos e terminar o que já comecei. Não vou desistir não. Adorei seu blog e vi que temos muito em comum: livros e leitura. Já conhece meu outro blog? O sonhos e melodias? Se não, convido a conhecê-lo.
    http://sonhosmelodias.blogspot.com
    Bjs

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  3. Que belo texto! Informativo e que, por algum motivo, me deixou emocionada aqui...
    Acho que o braile é um método incrível que merece, sim, toda a atenção!
    Grande beijo!
    Saudade...

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