A literatura infantil é tão farta, acessível e eterna que, mesmo não sendo mais crianças, os adultos têm vontade de consumi-las indefinidamente. Pelo menos é isso o que acontece comigo, assim, vez por outra, incluo esses livrinhos nas minhas constantes leituras, mesmo porque tenho amigas e conhecidos que são ilustradores, escritores e pesquisadores de literatura infantil.
No final do ano passado, Gil, uma das minhas amigas que escreve essas histórias e tem um blog lindo sobre elas - http://tododiaumahistorinha.blogspot.com/ – deixou dois dos livrinhos de sua estante passarem férias em minha casa: Pedro e Tina – uma amizade diferente, de Stephen Michael King, e A verdadeira história de chapeuzinho vermelho, com texto e arte de Agnese Baruzzi e Sandro Natalini, ambos publicados pela Ed. Brinque-Book. Ontem, porém, os livros se despediram de mim e retornaram às mãos e à estante da dona.
Em Pedro e Tina – uma amizade diferente a história contempla duas crianças distintas, um menino e uma menina: Pedro, um garoto que faz tudo torto, têm os cordões dos sapatos desamarrados, veste roupas sem combinar, escreve tudo errado e se faz acompanhar de um cão; já Tina, é uma garota certinha, que se veste com cuidado, tem uma boa caligrafia e boa escrita e anda sempre com seu guarda-chuva a tiracolo.
Um dia eles se encontram e se encantam, cada qual, com o modo de ser do outro. Aos poucos as características de um vão sendo assimiladas pelo outro e eles se tornam amigos inseparáveis. Muito fofo.
O autor, Stephen Michael King, é também ilustrador e tem uma sólida carreira dedicada à literatura infantil.
A verdadeira história de chapeuzinho vermelho é uma história pouco convencional, é a história por trás da história oficial, por isso, muito divertida e interessante. Ela se passa antes daquela tradicional que já conhecemos.
O lobo mau, vilão da história, está cansado da sua má fama, então escreve uma carta, toda cheia de erros, a chapeuzinho vermelho, pedindo para que ela faça dele um ser melhor. Generosa e de bom coração, a menina começa então a ajudá-lo, com conselhos, ensinando uma nova dieta baseada em vegetais, a ser educado e a escrever bem.
O lobo acaba se transformando em um ser gentil e agradável que, aos poucos, vai conquistando a vizinhança, tornando-se bastante popular no lugarejo, uma verdadeira celebridade. Aí a história começa a se inverter porque, chapeuzinho enciumada, resolve reconquistar seu lugar da bozinha da região.
Além das graciosas ilustrações, o livro apresenta efeitos e texturas especialmente criadas por Natalini, mestre do design gráfico italiano. O livro promove uma gostosa interação com bilhetes, pop-ups e tecidos aplicados. Uma delícia!
Neste dia em que se comemora os 180 anos do nascimento de Lewis Carroll, escritor britânico mundialmente conhecido pelo clássico Alice no país das maravilhas, nada melhor do que destacar a literatura infantil. Que ela possa estar sempre presente nas nossas vidas, seja na infância, na adolescência, na idade adulta ou ainda na velhice.
esse mundo da literatura infantil é mágico, é lindo! acho que os adultos, as pessoas grandes deveriam enveredar mais por esses caminhos...
ResponderExcluirAdorei ver os livrinhos aí, tão ricamente descritos...
e viva nossas conversas literárias no metrô!!
beijo,
Gil
Gostei muito do seu blog, és realmente uma observadora. Pra ter uma boa observação deve-se estar perto...
ResponderExcluirTenho também um e se quiser dá uma olhadinha e seguir eu agradeço. O meu divulga mais a literatura brasileira em geral.
http://lugardoleitor.blogspot.com/
João Felipe Gomes
Eu queria gostar mais de literatura infantil, mas acredito que o fato de eu não ter um graaaaande relacionamento com crianças ajude. Minha mãe é pedagoga, e sempre teve esse tipo de material em casa, mas nunca consegui "pegar gosto". Acho um "erro" meu, mas não consigo me transportar mais para esse mundo. Que um dia eu seja menos chata e consiga fazê-lo, haha ;D
ResponderExcluirBeijos!!!! :)
Ps: eu estou COM MUITAS expectativas por "Órfãos do Eldorado"...nem vejo a hora de lê-lo :D