Apesar de gostar muito de Carnaval, dos desfiles e de pular no salão, confesso que este ano decidi fazer algo diferente, aliás, já há um bom tempo venho fazendo isso, e não se trata de ficar encerrada em casa lendo, se bem que é sempre bom. Mas não foi isso, ou seja, o que fiz foi simplesmente colocar minha cinefilia em dia, indo ao cinema e assistindo DVDs.
Está certo que não foi tanto assim, mas deu pro gasto e, devo admitir, que todos os filmes que vi tinham relação com a literatura. É, não dá pra fugir do assunto, ainda mais tendo um blog literário para comentar. Por isso fui ver Sherlock Holmes 2 – O Jogo das Sombras e A invenção de Hugo Cabret, duas adaptações literárias no cinema, e revi, pela terceira vez, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2.
Mas o que eu queria mesmo falar é de A invenção de Hugo Cabret, a adaptação do livro homônimo de Brian Selznick, escritor norte-americano, transposta para o cinema pelo cineasta Martin Scorsese. Simplesmente belíssimo! Não conhecia o livro e a história, por isso o impacto foi grande ao assistir ao filme, ainda mais em 3D. Perfeito!
Bom, agora é só encaixar mais este livro nas minhas leituras. Enquanto isso, vale a pena dar uma olhada no trailer do filme.
Está certo que não foi tanto assim, mas deu pro gasto e, devo admitir, que todos os filmes que vi tinham relação com a literatura. É, não dá pra fugir do assunto, ainda mais tendo um blog literário para comentar. Por isso fui ver Sherlock Holmes 2 – O Jogo das Sombras e A invenção de Hugo Cabret, duas adaptações literárias no cinema, e revi, pela terceira vez, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2.
Bom, Sherlock Holmes era um filme que queria ver, ainda mais depois que assisti ao primeiro e gostei muito. Só que, por um desses desencontros da vida, não li a série escrita por Arthur Conan Doyle, o criador de um dos personagens mais famosos da literatura de ficção britânica, mas conheço a história e fiquei ainda mais interessada depois de assisti-la no cinema.
Está certo que o filme não é uma maravilha assim, mas é uma delícia ver Robert Downey Jr. no papel de Holmes. Ele é perfeito. E Jude Law é outro que não deixa a peteca cair interpretando Watson, o fiel escudeiro de Holmes. O que chama a atenção é o método científico e a rapidez lógica de Holmes para resolver os mistérios. Muito bom.
Quanto a Harry Potter não há muito o que comentar, mesmo porque sou fãzona da saga de J.K. Rowling. Li todos os livros, assisti a todos os filmes, já os revi muitas vezes e não vejo a hora de ler novamente, mas esta vai ter de esperar um pouco, porque há uma pilha enorme de livros para ler me esperando.
No enredo, Hugo Cabret (interpretado pelo ator mirim Asa Butterfield) é um órfão que vive uma vida secreta em uma estação de trem na Paris dos anos de 1930. Lá ele acerta os relógios e tenta fugir do inspetor de polícia (Sacha Baron Cohen) e seu temível cachorro doberman Maximilian.
No decorrer da trama ficamos sabendo que o pai (Jude Law de novo) de Hugo era relojoeiro e adquirira um autômato, uma espécie de robô em um museu, e tenta consertá-lo. Mas acaba morrendo em um incêndio, deixando o filho aos cuidados de um tio bêbado que o abandona na estação de trem onde trabalhava. O menino então passa a cuidar dos relógos da estação e busca consertar o robô com a ajuda de um caderninho de anotações deixado pelo pai. Este, no entanto, é confiscado pelo dono de uma loja de brinquedos existente na estação, o misterioso Georges (Ben Kingsley), que fica perplexo ao vê-lo.
Para reaver o caderno e descobrir todo o mistério que envolve o robô e do dono da loja de brinquedos, Hugo conta com a ajuda de Isabelle, sobrinha de Georges, uma garota sonhadora e louca para viver uma aventura, tão bem interpretada pela menina Cholë Grace Moretz.
Por trás da história de Hugo Cabret, apresentada na primeira parte do filme, há uma outra trama: a de Georges Méliès, cineasta francês, um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da indústria cinematográfica, que foi o pioneiro na filmagem com figurinos, cenários e maquiagem. Claro, Georges Méliès é o dono da loja de brinquedos, e descobrir o que aconteceu com ele, porque se nega a falar e lembrar o passado como cineasta é a grande questão da história, que lhe dá um contorno ficcional.
Apesar do filme ser uma clara homenagem ao cinema em seus primórdios, resgatando cenas antigas, como a do famoso filme de Méliès, Viagem à Lua, com belíssimas imagens de época, não pude deixar de perceber a alusão aos livros. E aí é que entra o meu encantamento. Amei a personagem Isabelle, uma garota sapeca, frequentadora de biblioteca e leitora assídua. A cena em que ela convida Hugo para ir a um lugar onde encontrará a Terra do Nunca, o mundo de Oz e desemboca em uma biblioteca recheada de livros dos mais variados assuntos, é uma graça. Ela adora as aventuras dos livros como A Ilha do Tesouro e Robinson Crusoé, entre outros, mas nunca viveu uma aventura, por isso embarca na fantasia de Hugo e o ajuda a encontrar a verdade.
Ao assistir ao filme fiquei com vontade de ler o livro, não agora, mesmo porque ele tem mais de 500 páginas e já estou com outras leituras por fazer. Mas como hoje tive de ir à biblioteca, procurei-o pelas estantes só para dar uma olhada e não resisti, acabei pegando emprestado. O livro é volumoso, mas é repleto de ilustrações, muitas, lindíssimas, feitas a grafite, que ocupam páginas e páginas, então acho que dá pra me aventurar agora.
O livro é classificado como literatura infanto-juvenil, mas acredito que deva encantar adultos também. O autor, Brian Selznick, é também ilustrador e foi ele quem fez os desenhos para o livro. Ele nasceu em East Brunswick, New Jersey, em 1966, e recebeu a Medalha Caldecott, concedida ao melhor livro ilustrado para crianças publicado nos Estados Unidos, por A invenção de Hugo Cabret. Além deste, é autor também de O menino de mil faces, A caixa de Houdini e O rei robô.
Também gostei muito do filme A invenção de Hugo. Acabei de assistir a uma outra adaptação de um livro para o cinema: Bel Ami, do Guy de Maupassant. Todas estas adaptações de livros ao cinema acabam por fomentar o gosto pela leitura. Quero reler o Bel Ami muito em breve!
ResponderExcluirLi dois livros que viraram filmes: Millennium e O Espião que sabia demais. Geralmente não leio romances policias, mas abri exceção.
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