terça-feira, 6 de agosto de 2013

Doenças literárias

Depois de um período sem escrever – estava de férias do trabalho e resolvi ficar um pouco afastada da internet também – volto às postagens do blog mais do que na hora. Ainda um pouco enferrujada e só para descontrair, enumero aqui as minhas doenças literárias, a exemplo de um post legal que vi – li – há algum tempo na internet.
 
 Vamos a elas:
 
1. Diabetes – Um livro muito doce: Marcelino Pedregulho, de Sempé.
A história da amizade entre Marcelino Pedregulho e Renê Rocha, nascida das diferenças, enternece e encanta, marcada ainda pelos delicados traços de Sempé. É muito doce – e linda.
 
2. Catapora – Um livro que você leu e não lerá de novo: As Valkírias, de Paulo Coelho.
O primeiro livro que li de Paulo Coelho foi O Alquimista e confesso que gostei, na época. Em seguida escolhi para devorar As Valkírias, mas a experiência não caiu muito bem. Achei o livro estranho, confuso, indigesto. E me fez mal. Xô!
 
3. Ciclo Menstrual – Livro que você relê constantemente: Coração de Vidro, de José Mauro de Vasconcelos.
Embora tenha livros que adoraria retomar, várias vezes, não faço muito isso hoje em dia. A lista que tenho de livros a ler é grande, então dou prioridade aos que ainda não li. Mas este foi um livro que li e reli muitas vezes, e há um bom tempo. A história da fazenda e seus animais que nem sempre são valorizados pelo homem tocava o meu coração. Chorava todas as vezes que lia. Hoje, não sei se conseguiria ler novamente, pois embora lindo é muito triste.
 
4. Gripe – Um livro que se espalhou como vírus: Harry Potter, de J. K. Rolling.
E aqui falo da saga do bruxinho e seu mundo mágico, que impulsionou ainda mais as minhas leituras. Li com avidez, com encantamento, com emoção, sem parar, de uma tacada só. Amo demais!
 
5. Asmas – Um livro que tirou seu fôlego: Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago.
Saramago sabe das coisas. O livro que fala sobre uma estranha cegueira, a branca, que acomete uma população, é um dos melhores livros que li, me hipnotizou do início ao fim. Foi uma leitura bastante prazerosa, da qual não via a hora de terminar, mas, ao mesmo tempo não queria sair. Aliás, quando acabei de ler, foi difícil emplacar outro livro.
 
6. Insônia – Livro que tirou o sono: O Homem Lento, de J. M. Coetzee.
Este livro, que conta a história de Paul Rayment, um fotógrafo aposentado, de 60 anos, que sofre um acidente de bicicleta e perde a perna, foi uma das mais belas surpresas literárias de 2012. O livro se impregnou de tal forma na minha vida que pensava nele dia e noite e também me deixou de mãos atadas para começar outra leitura.
 
7. Amnésia – Um livro que você não se lembra muito bem: Para sentir e esquecer, de Taylor Caldwell.
Parece até proposital, mas como o próprio título do livro diz esta foi uma leitura que senti e esqueci, por mais que me esforce para lembrar. Faz um bom tempo que li este livro e, sinceramente, não sei do que se trata, mas recordo que gostei muito na época.
 
8. Má nutrição – Um livro que faltou conteúdo para reflexão: As Valkírias, de Paulo Coelho.
É difícil um livro não suscitar reflexões, por mínimas que sejam, mas este, sinceramente, acho que não me acrescentou nada, pelas mesmas razões apresentadas no item “Catapora”.
 
9. Doenças de Viagem – Livro que leva para outra época / Lugar / Mundo: O Hobbit, de J.R.R. Tolkien.
A aventura de Bilbo Bolseiro foi minha primeira incursão pelo mundo de Tolkien e me alcançou em cheio. A história transportou-me para um mundo de fantasia do qual nem pensava existir e me ajudou, num momento crítico da vida, a sonhar com um futuro melhor.
 
Bom, talvez existam outras doenças, mas por ora vou ficar nessas. Mais para frente faço uma nova postagem, dessa vez falando sobre os meus “Pecados Literários”. Até lá!

2 comentários:

  1. Adoro ensaio sobre a cegueira!
    Já leu o segundo? Ensaio sobre a Lucidez? Gostei aidna mais ;)
    Bjs!

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  2. Íris, obrigada pelo seu comentário. Ainda não li Ensaio sobre a Lucidez, mas já vou lê-lo ainda este ano. Bastante ansiosa pela continuação. Beijos.

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