
Adoro fazer testes, destes que aparecem na internet perguntando uma série de coisa para saber qual sua personalidade, que personagem de desenho animado você é, se sua idade real é igual a sua idade física e emocional, e por aí vai... essas bobagens todas que às vezes não servem para nada, a não ser para afagar o nosso ego, mostrando a nós o quanto somos maravilhosos, inteligentes, saudáveis...
Mas outro dia, dois testes, vistos no
blog http://www.orelhadelivro.com.br/, me chamaram muita atenção pela simples razão de estarem ligados aos livros e a literatura. O primeiro, que serve para descobrir “Qual gênero literário é a sua cara?”, do
blog da Estante –Virtual
O segundo, mais interessante, visa responder à pergunta “Que livro é você?”, do
site Educar para Crescer -
http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/testes/livro-nacional.shtml . Nem é preciso dizer que este mexeu mais comigo, afinal, quem não tem a curiosidade de saber que livro se parece consigo. Por isso, mais do que depressa resolvi fazer e, para minha surpresa o resultado foi
O Vampiro de Curitiba, talvez o livro mais famoso do escritor curitibano Dalton Trevisan.
O curioso é que não li o livro e, um tanto decepcionada com o resultado acabei refazendo o teste. Mais uma vez o livro apareceu. Bom, decidi acatar, pelo menos naquele dia, porque tempos depois fiz novamente o teste e pela terceira vez saiu O Vampiro de Curitiba.
“Tá, tudo bem, aceito. O jeito é ler o livro e tirar essa dúvida. De repente, é o livro da minha vida” – pensei.
Não, definitivamente não é o livro da minha vida, mas é bem legal. Gostei sobretudo do estilo do autor, que escreve não de uma forma convencional, às vezes trocando a ordem da frase, truncando palavras. É preciso ler com atenção, mas depois que você se conecta, acaba se encantando com a escrita, como neste pequeno trecho:
Aos trancos, arrastou-se o elevador ao segundo andar. Não fosse herói de caráter, esquecia o embrulho ali na porta e adeus, dona Alice. Gemeu baixinho – afinal, a primeira professora da gente, ensinara-o a ler, escrever o nome, as quatro operações – e apertou a campanhia.
São histórias curtas, com linguagem leve e concisa, que giram em torno de um personagem, Nelsinho, rapaz que perambula pela cidade, no caso Curitiba, em busca de amor e sexo. Dessa forma ele encontra viúvas, velhinhas, moças, prostitutas, não importa, em todas elas busca o consolo do qual precisa.
O bom do livro é essa coisa de urbanidade, que eu adoro, ainda mais em se tratando de Curitiba, cidade que conheci aos 15 anos e nunca mais esqueci. Se bem que no livro, a cidade aparece em seus aspectos frio e decaído, mas isso também faz parte das grandes metrópoles.
Tirada a prova dos nove acho que só tive a ganhar com essa leitura. E contabilizando os prós e os contras até que os testes tiveram algo a ver comigo, pelo menos assim me pareceram.
Eu gosto do livro. Principalmente por falar da minha amada Curitiba...
ResponderExcluirFiz o teste, aliás. Meu resultado foi a Antologia Poética, do Drummond... rs
Saudade, Ciça!
Um grande beijo!