“– Todos devem deixar algo
para trás quando morrem, dizia meu avô. Um filho, um livro, um quadro, uma casa
ou parede construída, um par de sapatos. Ou um jardim. Algo que sua mão tenha
tocado de algum modo, para que sua alma tenha para onde ir quando você morrer.
E quando as pessoas olharem para aquela árvore ou aquela flor que você plantou,
você estará ali. Não importa o que você faça, dizia ele, desde que você
transforme alguma coisa, do jeito que era antes de você tocá-la, em algo que é
como você depois que suas mãos passaram por ela. A diferença entre o homem que
apenas apara gramados e um verdadeiro jardineiro está no toque, dizia ele. O
aparador de grama podia muito bem não ter estado ali; o jardineiro estará lá
durante uma vida inteira.”
(Trecho de Fahrenheit 451).
* Falo sobre o livro aqui
Ray Bradbury, com certeza,
deixou um belo legado em obras literárias, além do imensurável amor aos livros.
Descanse em paz.
(Waukegan, 22 de agosto de 1920 –
Los Angeles, 6 de junho de 2012).
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