sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Leituras antes do fim do mundo

Profecias sobre o fim do mundo acontecem com certa frequência. Religiosos e falsos profetas já proclamaram que o mundo acabaria em 1977, em 1994, no ano 2000, na virada do milênio, enfim, uma infinidade de datas que não se concretizaram, para nosso alívio. Ainda bem!
 
Recentemente, com base no calendário maia, propaga-se que o mundo acabará no próximo 21 de dezembro, portanto daqui a duas semanas para ser mais exata. Será?
Difícil pensar no que fazer nesses próximos dias... o jeito é ir levando a vida normalmente, como se nada fosse acontecer, mesmo porque a gente não sabe o dia de amanhã. Mas não posso deixar de pensar nas minhas leituras e na infindável lista de livros que tenho para ler. Se os prognósticos estiverem certos não haverá tempo para ler tudo o que quero, infelizmente.
Então, já que o tempo é curto é necessário priorizar, e fiquei pensando naqueles livros que leria nesse exíguo período que resta. Não é uma tarefa nada fácil, pois tudo me parece prioritário, mas, por ora só consigo pensar em três títulos que insistem em ocupar a minha mente nesses últimos dias do ano:
1.     Uma morte súbita, de J. K. Rowling
A autora me conquistou de vez com a saga Harry Potter e, agora, ao publicar seu primeiro livro para o público adulto, é natural que eu tenha curiosidade em conferir seu desempenho na nova jornada. Independente de ser bom ou ruim, o importante é lê-lo antes que o mundo acabe para não ficar na dúvida.
O livro conta a história do vilarejo Pagford e seus habitantes. Após a morte inesperada de um membro da Câmara do povoado, Barry Fairbrother, a aldeia fica em choque.
2.     Um erro emocional, de Cristovão Tezza
O autor me impressionou com o tocante O filho eterno, com sua escrita primorosa e, por isso, fiquei ávida por conhecer mais sua obra. Dentre seus livros publicados, interessei-me primeiro em ler Um erro emocional.
O romance narra a história de amor entre uma revisora de textos, Beatriz, e um escritor, Antonio Donetti. Quando eles se conhecem, Donetti declara que cometeu um erro emocional ao se apaixonar por ela e pede que o ajude no novo romance que está escrevendo. Eles poucos falam ou conversam, mas passam e repassam suas vidas nas lembranças de cada um, desenvolvendo uma ligação forte.
3.     Levantado do chão, de José Saramago
Saramago consegue me envolver com suas narrativas orais e histórias em que mistura a ficção com a realidade. De sua vasta obra já li A viagem do elefante, As intermitências da morte, Ensaio sobre a cegueira e Memorial do convento. E, a cada livro, fico mais apaixonada. É difícil escolher uma obra dentre tantas do autor que ainda quero ler, mas Levantado do chão é a que me chama mais atenção no momento.
O romance percorre uma zona do Alentejo caracterizada pelo latifúndio desde o final do século XIX. Saramago narra a luta de um povo em meio às forças opressoras, como os latifundiários, a ordem e a Igreja.
O livro é considerado como um dos romances fundamentais de José Saramago, tendo recebido o Prêmio Cidade de Lisboa, em 1980, e o Prêmio Internacional Ennio Flaiano, em 1992.
E não é só por isso não. Quando da leitura de Memorial do convento, li na orelha do livro, uma referência a Levantado do chão, dizendo ser impossível ler as primeiras linhas deste romance e não se sentir seduzido pela escrita de Saramago. Pronto, bastou para desejar ser este o próximo livro do autor que irei ler.
Feitas minhas justificativas, fica aqui a lista dos três livros para ler antes do fim do mundo. Então, vamos a elas... se correr, acho que dá tempo.
Mas, cá entre, nós. Espero que ainda não, pois tenho muitos outros à minha espera.

2 comentários:

  1. Ainda não li este Levantado do Chão, pelo que sei é um livro muito politico. Saramago é um autor que não tem livros bons; ou são muito bons ou simplesmente são obras de arte.
    É pena não se poder comentar no seu outro blog. Um homem: Klaus Klump também é um excelente livro.

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  2. Tiago, obrigada por comentar no meu blog. Concordo com você: os livros de Saramago são muito bons ou são obras de arte. Logo irei fazer um post sobre Memorial do Convente, que li recentemente e gostei demais.
    Quanto a Um homem: Klaus Klump, é minha descoberta de Gonçalo Tavares, e também irei comentar aqui brevemente. Aguarde.

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