Sabe quando você faz aqueles projetos e resoluções de início de ano e no final do período resolve confrontar aquilo que foi proposto com a prática real? Pois é, foram muitos os que fiz, mas um dos meus desafios mais urgentes para 2009 era cuidar da saúde, com a ressalva de ir menos em médicos. Já sei o que tenho e até o que não tenho, além do mais a maioria dos profissionais de saúde, salvo algumas exceções, é claro, não deixa nem você terminar de falar, te faz sentir um invasor do tempo de alguém doente de verdade e nem te olha na cara. Já estava bem cansada disso tudo.
Então, tenho evitado procurar esses atendimentos, mas alguns deles são inevitáveis. Assim, hoje fui a uma consulta de rotina ao cardiologista, afinal, para uma pessoa que já passou dos 40 anos, com histórico familiar de hipertensão arterial e que há três anos teve o primeiro sinal de alerta da pressão alta, é necessário, pelo menos, fazer um check-up anual
Nesses anos não consegui manter um cardiologista único, fui pulando de profissional em profissional e por fim cheguei ao doutor Celso, indicado pela minha irmã, que me advertiu ser ele diferente da maioria dos médicos por te tratar mais como um ser humano do que como um simples paciente. Fui lá então conferir.
Cheguei cedo, o médico estava atrasado e a sala de espera repleta. Não me abalei, tinha tempo para ficar ali até o horário de entrar no trabalho e, para me ocupar, abri O Olho da Rua, de Eliane Brum, que estou lendo e do qual falarei mais para frente, em outro post. Não sei se foi uma boa idéia, mas é que a cada página a leitura vem ficando mais interessante, porém mais penosa também. Tenho me emocionado muito com as histórias e vez por outra me pego chorando nas linhas e entrelinhas do texto. Então, é preciso dar um tempo para me refazer até conseguir retomar a leitura. Ali, na sala de espera, não foi diferente, mas como o médico demorou a chegar e realmente não tem pressa de “despachar” seus pacientes, tive minutos de sobra para ler, me emocionar e me refazer antes de ser chamada.
Quando chegou a minha vez eu não imaginava que fosse ficar lá tanto tempo, afinal, as consultas podem demorar para os outros, mas para mim sempre voam, sei lá, sou muito objetiva e talvez o médico considere que eu não tenha nada de tão sério assim que mereça muito a sua atenção. Fui com esse espírito para a sala do médico, já contando de início o motivo de estar ali, “apenas para um atendimento de rotina por causa da pressão alta”, “para ver se está tudo bem”, “se preciso trocar a medicação ou não”.
No entanto, depois que disse isso percebi que a consulta não seria tão impessoal assim. Parecia que ele estava lendo a minha alma e me vendo como realmente sou, ou seja, percebendo que, além de exames e remédios, eu precisava também de atenção e interesse pela minha história, pela minha história de vida, ou seja, pelas razões que me levaram a procurá-lo, o histórico de pressão alta, apesar do meu biótipo – magra, não fumante – não condizer em nada com alguém que tenha esse problema. Ele conseguiu ali ver minhas emoções, a minha ansiedade que não consigo controlar, as minhas angústias, estas sim, uma das principais responsáveis pelo aumento da minha pressão, pelos meus problemas de gastrite, pelas dores na minha coluna, pelo meu intestino preguiçoso, talvez.
Confesso que fiquei desconcertada, sem chão, não esperava por isso e foi difícil não chorar. Talvez já estivesse frágil pela emoção da leitura que fizera antes e pelas minhas próprias emoções, com as quais tenho de lidar e estou lidando, mas é que às vezes a gente se depara com acontecimentos que são difíceis de digerir. E é aí que entra o profissional de saúde, aquele que nos faz enxergar tudo isso e nos coloca no eixo novamente. Seja com um remédio quando necessária, seja com aconselhamentos.
Aquela foi mais que uma consulta médica, foi um agradável bate papo, uma orientação para uma vida mais saudável. Claro, ele me examinou também, me pediu alguns exames e prescreveu uma nova medicação.
E, em meio a tudo isso, soube que ele escreve também, que tem um livro a ser publicado – Dinarte (diálogo e analogias da arteriosclerose e sua regressão). Foi escrito com base em dois personagens e vem sendo ilustrado de tal forma que lembra quadrinhos. Nossa, achei bárbaro e fiquei superinteressada! Apesar de ser bem específico, traz muitas informações sobre a saúde do coração e da importância de se resgatar o exercício das caminhadas para uma vida melhor. Quem sabe consiga ver quando for publicado.
Sai de lá mais aliviada, pronta a recomeçar, a cuidar mais de mim e com a certeza de que as leituras, nas suas mais diversas acepções, sempre me acompanharão pela vida, me emocionando, me curando e me direcionando.
Então, tenho evitado procurar esses atendimentos, mas alguns deles são inevitáveis. Assim, hoje fui a uma consulta de rotina ao cardiologista, afinal, para uma pessoa que já passou dos 40 anos, com histórico familiar de hipertensão arterial e que há três anos teve o primeiro sinal de alerta da pressão alta, é necessário, pelo menos, fazer um check-up anual
Nesses anos não consegui manter um cardiologista único, fui pulando de profissional em profissional e por fim cheguei ao doutor Celso, indicado pela minha irmã, que me advertiu ser ele diferente da maioria dos médicos por te tratar mais como um ser humano do que como um simples paciente. Fui lá então conferir.
Cheguei cedo, o médico estava atrasado e a sala de espera repleta. Não me abalei, tinha tempo para ficar ali até o horário de entrar no trabalho e, para me ocupar, abri O Olho da Rua, de Eliane Brum, que estou lendo e do qual falarei mais para frente, em outro post. Não sei se foi uma boa idéia, mas é que a cada página a leitura vem ficando mais interessante, porém mais penosa também. Tenho me emocionado muito com as histórias e vez por outra me pego chorando nas linhas e entrelinhas do texto. Então, é preciso dar um tempo para me refazer até conseguir retomar a leitura. Ali, na sala de espera, não foi diferente, mas como o médico demorou a chegar e realmente não tem pressa de “despachar” seus pacientes, tive minutos de sobra para ler, me emocionar e me refazer antes de ser chamada.
Quando chegou a minha vez eu não imaginava que fosse ficar lá tanto tempo, afinal, as consultas podem demorar para os outros, mas para mim sempre voam, sei lá, sou muito objetiva e talvez o médico considere que eu não tenha nada de tão sério assim que mereça muito a sua atenção. Fui com esse espírito para a sala do médico, já contando de início o motivo de estar ali, “apenas para um atendimento de rotina por causa da pressão alta”, “para ver se está tudo bem”, “se preciso trocar a medicação ou não”.
No entanto, depois que disse isso percebi que a consulta não seria tão impessoal assim. Parecia que ele estava lendo a minha alma e me vendo como realmente sou, ou seja, percebendo que, além de exames e remédios, eu precisava também de atenção e interesse pela minha história, pela minha história de vida, ou seja, pelas razões que me levaram a procurá-lo, o histórico de pressão alta, apesar do meu biótipo – magra, não fumante – não condizer em nada com alguém que tenha esse problema. Ele conseguiu ali ver minhas emoções, a minha ansiedade que não consigo controlar, as minhas angústias, estas sim, uma das principais responsáveis pelo aumento da minha pressão, pelos meus problemas de gastrite, pelas dores na minha coluna, pelo meu intestino preguiçoso, talvez.
Confesso que fiquei desconcertada, sem chão, não esperava por isso e foi difícil não chorar. Talvez já estivesse frágil pela emoção da leitura que fizera antes e pelas minhas próprias emoções, com as quais tenho de lidar e estou lidando, mas é que às vezes a gente se depara com acontecimentos que são difíceis de digerir. E é aí que entra o profissional de saúde, aquele que nos faz enxergar tudo isso e nos coloca no eixo novamente. Seja com um remédio quando necessária, seja com aconselhamentos.
Aquela foi mais que uma consulta médica, foi um agradável bate papo, uma orientação para uma vida mais saudável. Claro, ele me examinou também, me pediu alguns exames e prescreveu uma nova medicação.
E, em meio a tudo isso, soube que ele escreve também, que tem um livro a ser publicado – Dinarte (diálogo e analogias da arteriosclerose e sua regressão). Foi escrito com base em dois personagens e vem sendo ilustrado de tal forma que lembra quadrinhos. Nossa, achei bárbaro e fiquei superinteressada! Apesar de ser bem específico, traz muitas informações sobre a saúde do coração e da importância de se resgatar o exercício das caminhadas para uma vida melhor. Quem sabe consiga ver quando for publicado.
Sai de lá mais aliviada, pronta a recomeçar, a cuidar mais de mim e com a certeza de que as leituras, nas suas mais diversas acepções, sempre me acompanharão pela vida, me emocionando, me curando e me direcionando.
É cada dia mais raro enccontrar profissionais da saúde como esse que te atendeu hoje....parece mentira quando acontece ne rsrsrs
ResponderExcluirtb ando precisando me cuidar heeheheh
obrigada por lembrar"!
bjs
Oi Cecília..
ResponderExcluirQue legal que você gostou do médico...tbm tenho histórico de hipertensão na minha família, mas eu odeio ir ao médico, não gosto, mas realmente temos que nos cuidar, e é difícil encontrar médico assim, não é mesmo?
Um bj e uma ótima sexta.
OI, Cecília!
ResponderExcluirOfereço um presente de natal para você: o selo atestado de qualidade!
Vai lá no Leitura pra pegar! me avisa quando vc postar, ok? Tô louca pra ver suas características!
beijinhos e feliz natal! Ho Ho Ho
Esse medico honra a Medicina e o Ser Humano!Seria otimo, se, pelo menos, a maioria fosse assim.
ResponderExcluirBom tambem saber que voce esta bem!
Lindinha, um otimo final de semana!!
beijos carinhosos, Cris
Concordo com a Cristiane, ainda bem que existem profissionais na área da Saúde como o doutor Celso. Muito legal o livro dele, também fiquei curiosa para conhecer.
ResponderExcluirBjs.
É isso aí, Ciça, essas experiências precisam nos emocionar, claro, mas também nos impulsionar e inspirar para a vida... Como diria a música, que agora ouviremos pela época do ano, "saúde pra dar e vender!"...
ResponderExcluirBeijos, querida!