Outro dia, no trabalho, alguns colegas falavam sobre pesquisa na internet e no quanto a tecnologia favoreceu esse trabalho para estudantes, pesquisadores e público em geral. Até aí, tudo bem, concordo plenamente, eu mesma utilizo esse expediente inúmeras vezes ao dia. A discussão só pegou mesmo, pelo menos para mim, quando um amigo jornalista disse que o filho dele, hoje com um ano, não irá, fatalmente, frequentar uma biblioteca.
Eu me mantinha a distância da discussão, só escutando, mas quando ouvi aquilo fiquei indignada!
– Ele só não irá se você não o incentivar – consegui falar.
– Mas ele não precisará mais ir a bibliotecas para fazer pesquisas, com fazíamos antigamente. É isso o que eu quis dizer.
– Mas eu, por exemplo , não vou a bibliotecas para fazer pesquisas, vou para ler e emprestar livros.
Na hora não me ocorreu, mas eu também podia ter acrescentado que, se ele frequentasse bibliotecas, saberia que elas não se ocupam apenas de pesquisa e leitura, mas também da promoção de diversas atividades como contação de histórias, workshops, oficinas, palestras e cursos, além de outras destacadas intervenções. Privar o filho disso é impedi-lo do contato social e da aquisição de diversos meios culturais.
Ainda bem que nem todo mundo pensa como ele, caso contrário, o acontecimento de ontem não teria tido a menor importância.
A notícia, no entanto, não é nova. Alguns blogs e sites, muito bons, por sinal, como o Orelha do Livro (http://www.orelhadolivro.com.br), da querida Mariana Sanches, já comentaram, mas eu, apaixonada que sou por livros, não poderia deixar de citar a inauguração da Biblioteca São Paulo, que fica no lugar onde antes funcionava a Casa de Detenção do Carandiru, hoje Parque da Juventude.
De arquitetura moderna, colorida e ousada, onde foram acomodados 30 mil livros, 80 computadores, CDs, DVDs, jornais e revistas, além de sete kindle, a biblioteca pretende ser um centro de estímulo à leitura. E, para tanto, o quesito acessibilidade foi amplamente pensado e projetado. No local há mesas reguláveis, adaptáveis a qualquer tamanho de cadeira de rodas, e folheadores automáticos de páginas para pessoas com restrições motoras. Aparelhos que convertem livros normais em Braille ou em áudio também serão disponibilizados a deficientes visuais.
Para atender o público em geral, um time de 50 funcionários foram especialmente treinados para orientar e sugerir leituras e atividades de acordo com o perfil da pessoa.
É por essa e mais outras que eu mal posso esperar para conhecer a biblioteca que, sem dúvida, já tem espaço cativo na minha rotina de bibliólatra. Que bom!
* A foto é do site http://www.flickr.com/photos/mjsilva/4337774189/in/set-72157623248060267/
* A foto é do site http://www.flickr.com/photos/mjsilva/4337774189/in/set-72157623248060267/
Eu vi ontem no Jornal Nacional a biblioteca, fiquei morrendo de vontade de conhecê-la. Muito linda e moderna.
ResponderExcluirAh, qto a nota que dei para o livro do desafio de fevereiro, quer dizer que dei nota 5, sendo a nota máxima 5. Deu para entender ou compliquei mais?? rs..bjs
e nós vamos juntas né amiga?? ando ansiosa para conhecer esse parque de diversões literárias!! e é aqui pertinho do trabalho! oba!!
ResponderExcluirNa biblioteca encontramos o sorriso dos atendentes. Não basta ter livros, há necessidade de gente, e isso tem de monte, no nosso canto das letras. Vou na do meu bairro, há mais de década; trocamos muitas impressões, sorrimos muito, conversamos sobre tudo. Há vida cheia de vontade atrás do balcão, arrumando as fichas, separando os leitores assíduos dos eventuais. Economizamos dinheiro, atiçamos a curiosidade e nos enchemos de conversa.
ResponderExcluirBibliotecas e livros nunca serão substituidos. São um sonho, de verdade.
ResponderExcluirAmei o blog.