quarta-feira, 25 de novembro de 2009

As tais referências

Sabe aquela relação de livros consultados, que vem no final de uma obra ou de um trabalho que você está lendo? Pois é, as tais das referências bibliográficas? Então..., percebi há algum tempo que eu adoro espioná-las. É que a partir delas sempre consigo encontrar outros livros tão interessantes e talvez mais abrangentes quanto aquele que os citou. E olha que eu já descobri muita coisa boa assim, só consultando as referências bibliográficas.

Quando fazia minha monografia da pós em Jornalismo Internacional sobre a Questão Palestina e a reportagem em quadrinhos de Joe Sacco, por exemplo, encontrei diversos livros de estudo da linguagem e da influência das HQs para a compreensão e o aprendizado de vários assuntos.

Essa paixão, digamos assim, pelas referências bibliográficas, chegou até mesmo a se tornar uma obsessão para mim. Mal pegava um livro e eu corria a folhear as páginas até chegar no final só para ver a relação de obras consultadas. Pensava eu, quem sabe, pudesse descobrir outros livros para ler e me aprofundar ainda mais sobre aquela história.

Hoje, acho que estou mais comedida. A paixão esfriou um pouco, mas continuo a dar minhas “espiadinhas”, no melhor estilo Big Brother, só que com outros propósitos, é claro. E não me limito apenas às obras, não. Quando ingresso em um curso, então, fico ansiosa para ter em mãos a bibliografia das disciplinas e poder descobrir os livros recomendados e que poderei ler mais para a frente, aumentando ainda mais a minha lista de livros a comprar. É quase um prazer, ou melhor dizendo, um prazer inenarrável

O único senão é quando eu mesma tenho de fazer a minha lista de referências bibliográficas quando preciso entregar um trabalho. Confesso que esta é uma tarefa ingrata, porque existe todo um padrão estabelecido de normas que devem ser seguidas para fazer a citação bibliográfica. Acho tudo muito chato e complicado, de forma que até hoje não aprendi. Nunca sei se depois do nome do autor e do livro vem a edição ou a data ou o local. E ainda têm a numeração de páginas, sem falar na tipografia, se normal, em bold, em italic ou ainda sublinhado (é não deu para sublinhar, mas subentendam). É detalhe demais! Acho que poderia ser tudo muito mais simples, mas aí se instalaria o caos, o que não condiz com um trabalho sério, científico e acadêmico.

Bom, para mim, "enquanto leitora", isso pouco importa. Basta que as referências estejam lá, ao final do livro, para que eu possa sempre consultá-las e achar outras obras que interessem e me façam conhecer mais sobre o assunto que quero. Agora, como escritora, vou precisar me policiar mais, porque ler é uma coisa, e escrever é outra. Graças a Deus, e viva as diferenças!

3 comentários:

  1. Me identifiquei bastante com esse texto... É um costume que também tenho: espiar as referências... rs
    Bom, sobre ser escritora, acho que vc está no caminho certo: amo o que você escreve!
    Beijos!

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  2. Hihihihih

    Adorei! Eu já não tenho esse costume, mas sempre leio as orelhas e a contra capa inteira antes de começar um livro.....e se tiver agradecimentos no final, leio antes também. Huahuauahuaha

    beijos

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  3. Realmente, é um trabalho difícil construir todo o padrão exigido e deixar tudo nas normas, esse esforço todo dá ao leitor uma boa referência que é seu caso, o prazer de descobrir novas obras; É como a comida, adoramos comer mas cozinhar já é outra conversa.

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