Sempre que vou ao Sesc, para as aulas de
yoga, fico na expectativa das leituras que posso fazer depois da prática. Como a aula é bem cedo e entro mais tarde no trabalho, tenho um bom tempo livre entre uma atividade e outra, mais ou menos uma hora e meia. Assim, aproveito esse tempo para ir até a sala de leitura do Sesc e ficar lá lendo revistas, jornais e os livros que me acompanham diariamente.
O momento é único e tenho encontrado grande prazer nele. Na verdade, até anseio por ele. Nestes últimos dias, porém, não estou conseguindo relaxar e tirar proveito desses instantes agradáveis, embora fugazes. Seja por não ter ido ao Sesc, seja por não me concentrar no prazer das leituras. Infelizmente, a vida nos prega muitas peças e, vez por outra, nos vemos cercados de preocupações e problemas.
Roger, meu cãozinho, está doente e tem me inquietado muito. Quase que diariamente preciso levá-lo à veterinária, uma vez que seu estado demanda cuidados extras. Talvez a cirurgia seja uma alternativa, mas tomar uma decisão diante de um animal de estimação, que já é parte integrante da família, não é tão simples assim. Tudo o que quero é que ele não sofra e fique bem. Isso até me faz lembrar da frase que a dona do Pet Shop me falou quando foi diagnosticada a doença dele:
– Era tão bom quando eles vinham aqui só para tomar banho.
Hoje, Roger ficou sob os cuidados da minha sobrinha, encarregada, no meu lugar, de levá-lo à veterinária para tomar soro. Com a folga pude voltar para a minha yoga e a sala de leitura. Mas a concentração passou longe e tudo ao redor girava em torno do meu cão. Na bancada com as revistas, duas publicações lembraram-me dele: A National Geographic Brasil, cuja capa da edição de março trazia a vira-lata Moqueca, chamando o leitor para a extensa matéria sobre esses velhos companheiros, e a Galileu, que estampava um cão com um olho claro e outro escuro na capa, acima da manchete A Ciência revela – Como ele vai ser no futuro.
Então, deixei tudo de lado e peguei as duas revistas para folhear e poder ler rapidamente as matérias. Em uma delas, até, havia referências a livros com histórias de animais e a relação com o homem. Um deles fiz questão de anotar para, mais para frente, procurar e ler: Timbuktu, do escritor norte-americano Paul Auster. O livro é um misto de fábula e romance, que narra a amizade entre um vira-lata (Mr. Bones) e um poeta indigente semilouco (Willy). Juntos, eles perambulam por um mundo que não tem lugar para eles. A história é vista pelos olhos e os pensamentos do cão.
Claro, não pude deixar de me emocionar e de me sentir tocada. É óbvio que alusão a cães remeteu-me novamente ao Roger e não consegui mais prosseguir com a leitura. Arrumei minhas coisas, levantei-me e fui embora.
Olá amiga blogueira,
ResponderExcluirEstou torcendo para que fique tudo bem com o Roger, trazendo muita alegria e paz para a toda a família. Eu tenho o Totoby (poodle), a Perolinha (Chow chow), o Azulay (gatinho que peguei na rua), a Mirela (peguei na Suipa) e o Murumuru (todos no Rio de janeiro na casa da minha mãe). Aqui na Noruega eu tenho a gatinha Kitty. Eu sei como é quando esses pequenos ficam doentinho...é barra pesada para nosso coração!!!
Vai dar tudo certo!!!
Grande abraço