sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Viva o leitor

Ler é um dos melhores prazeres da vida. É o que faz a vida ter sentido. Por meio dessa prática podemos viajar, imaginar, sonhar, conhecer, aprender, comparar, receber, trocar, dialogar, viver.

Apesar dessa importância, não se nasce leitor. Torna-se, aprende-se. E este é um processo constante, que precisa ser exercitado desde a infância. Esta, porém, não é uma tarefa fácil, ainda mais num país onde milhões de pessoas ainda são analfabetas e outras tantas são alfabetizadas funcionais.

Por isso, neste 7 de janeiro, Dia Nacional do Leitor, cabe aqui um alerta para que esta atividade, inerente ao ser humano, torne-se uma prática cada vez mais permanente em nossas vidas. Vamos, assim, incentivar e estimular, sempre que possível, as leituras em nossas vidas, na dos nossos familiares e na dos nossos amigos reais e virtuais.

E essa leitura deve ser algo espontâneo, sem obrigação, sem pressa. Ler deve ser algo que nos inspira, que nos faz falta, que nos completa. Só assim, então, a leitura terá sentido e estará, para sempre, impregnada na nossa vida, tornando-os leitores ideais.

A propósito disso, vale relembrar as palavras da escritora Doris Lessing, que diz "há apenas uma forma de ler, que é olhar ao acaso em bibliotecas e livrarias, pegando livros que chamem a sua atenção, lendo apenas esses, pondo-os de lado quando o aborrecem, pulando as partes tediosas - e nunca, nunca ler nada por julgar que necessita, ou por pertencer a uma tendência ou um movimento. Lembre-se que o livro que o aborrece aos 20 ou 30 anos lhe abrirá portas quando tiver 40 ou 50 - e vice-versa. Não leia um livro quando não for o momento certo para lê-lo."

E também as de Mário Quintana em seu livro Porta Giratória, que reúne textos publicados pelo escritor no jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, na década de 1980. Há um belo trecho que diz:

“O leitor ideal para o cronista seria aquele a quem bastasse uma frase.
Uma frase? Que digo? Uma palavra!
O cronista escolheria a palavra do dia: "Árvore", por exemplo, ou "Menina".
Escreveria essa palavra bem no meio da página, com espaço em branco para todos os lados, como um campo aberto aos devaneios do leitor.
Imaginem só uma meninazinha solta no meio da página.
Sem mais nada.
Até sem nome.
Sem cor de vestido nem de olhos.
Sem se saber para onde ia...
Que mundo de sugestões e de poesia para o leitor!
E que cúmulo de arte a crônica! Pois bem sabeis que arte é sugestão...
E se o leitor nada conseguisse tirar dessa obra-prima, poderia o autor alegar, cavilosamente, que a culpa não era do cronista.
Mas nem tudo estaria perdido para esse hipotético leitor fracassado, porque ele teria sempre à sua disposição, na página, um considerável espaço em branco para tomar os seus apontamentos, fazer os seus cálculos ou a sua fezinha...
Em todo caso, eu lhe dou de presente, hoje, a palavra "Ventania". Serve?”

3 comentários:

  1. olá cecília, pode usar as infos sim, fica à vontade. aproveite e leia um texto q escrevi em 2008 sobre o leitor. 1 abraço.

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  2. Cecília! Saudade da sua escrita também!
    Sem ela e sem a leitura, a gente seca, não é mesmo? Temos sempre que recorrer ao que nos traz vida!

    beijos,

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  3. Oi,Cecília.Legal saber que existe o dia do leitor e que foi dia 7 de Janeiro,valeu.
    Abraços,feliz 2011 com saúde,paz,fé em Deus,boas leituras,e no meu caso,além de tudo isso,muito pedal.

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