Sempre que vejo uma pessoa lendo no metrô fico tentada a saber qual é o livro, e não fico sossegada enquanto não consigo decifrar. Entre outros, já vi muitos Crepúsculo, de Stephenie Meyer, e me lembro que o livro está em casa, esperando que eu me aventure em suas páginas; vi também alguns Marley & Eu, de John Grogan (este já li, com dificuldade sim, embora o achasse lindo: é que as lágrimas no final não me deixavam ler direito para terminá-lo); ou ainda 1808, de Laurentino Gomes, que mostra como relatos da História podem ser interessantes.
Outro dia, porém, enquanto aguardava o trem chegar na plataforma, vi uma pessoa com um livro grosso repousado em uma das mãos, . Me contorci toda para saber que livro era, e qual não foi minha surpresa quando li no título Michael Jackson - A magia e a loucura, de Randy Taraborrelli, e imediatamente minha mente voou até 1993, ano em que um acontecimento gravou-se para sempre em minha memória. Resolvi, então, escrever sobre ele.
"A lembrança que eu tenho dele é uma imagem apoteótica, vibrante, hipnotizante.
Ela está gravada na minha memória desde outubro de 1993, quando em companhia da minha irmã e de um namorado na época, estive no estádio do Morumbi, em São Paulo, para acompanhar a Dangerous Tour Brazil. E ali, junto a centenas de outras pessoas, tive a certeza de estar participando de um momento único e mágico na história da música pop.
O estádio estava lotado, não havia um lugar vago sequer. Até parecia final de campeonato paulista, uma partida entre Palmeiras e Corinthians, times cuja rivalidade é suficiente para encher um estádio como o do Morumbi.
Eu estava nas arquibancadas e de lá podia ver o amontoado de pessoas no gramado e em frente ao palco, aguardando ansiosas o início do espetáculo. Não demorou muito. As luzes se apagaram e o som de “Carmina Burana”, de Carl Orff, e de imagens exibidas nos telões com uma retrospectiva da carreira do cantor, anunciavam que o show iria começar.
Mas foi somente quando ele entrou no palco, após uma explosão de efeitos visuais, é que o frenesi foi total. Gritos, assovios, choros, aplausos repercutiam de todos os lados e a cada menor gesto dele, como o simples tirar dos óculos escuros, o público chegava ao delírio. Imagine então quando mostrou o seu famoso passinho para trás. Era impossível se conter.
Nas arquibancadas, eu o via de longe, mas a sensação que experimentei, tenho certeza, era a mesma de quem estava lá na frente, vendo tudo de pertinho. E quando ele chamou uma fã para subir ao palco, enquanto cantava “She´s out of my life”, era como se eu mesma estivesse lá, no lugar dela. Pude sentir o seu abraço com toda intensidade.
Os efeitos especiais surgiam a toda hora e a música, aliada à dança, envolvia o público cada vez mais. Ao avançar sobre a platéia em um guindaste móvel, ele parecia soberano, absoluto. Mas o momento de maior êxtase, para mim, foi ao final, quando ele cantou “Heal the World” ao lado de um grupo de crianças. Aí eu fiquei entregue, seduzida, hipnotizada. Não pude conter as lágrimas. Sim, eu estava ali, vendo Michael Jackson, o Rei do Pop, ao vivo e em todas as cores..."
Outro dia, porém, enquanto aguardava o trem chegar na plataforma, vi uma pessoa com um livro grosso repousado em uma das mãos, . Me contorci toda para saber que livro era, e qual não foi minha surpresa quando li no título Michael Jackson - A magia e a loucura, de Randy Taraborrelli, e imediatamente minha mente voou até 1993, ano em que um acontecimento gravou-se para sempre em minha memória. Resolvi, então, escrever sobre ele.
"A lembrança que eu tenho dele é uma imagem apoteótica, vibrante, hipnotizante.
Ela está gravada na minha memória desde outubro de 1993, quando em companhia da minha irmã e de um namorado na época, estive no estádio do Morumbi, em São Paulo, para acompanhar a Dangerous Tour Brazil. E ali, junto a centenas de outras pessoas, tive a certeza de estar participando de um momento único e mágico na história da música pop.
O estádio estava lotado, não havia um lugar vago sequer. Até parecia final de campeonato paulista, uma partida entre Palmeiras e Corinthians, times cuja rivalidade é suficiente para encher um estádio como o do Morumbi.
Eu estava nas arquibancadas e de lá podia ver o amontoado de pessoas no gramado e em frente ao palco, aguardando ansiosas o início do espetáculo. Não demorou muito. As luzes se apagaram e o som de “Carmina Burana”, de Carl Orff, e de imagens exibidas nos telões com uma retrospectiva da carreira do cantor, anunciavam que o show iria começar.
Mas foi somente quando ele entrou no palco, após uma explosão de efeitos visuais, é que o frenesi foi total. Gritos, assovios, choros, aplausos repercutiam de todos os lados e a cada menor gesto dele, como o simples tirar dos óculos escuros, o público chegava ao delírio. Imagine então quando mostrou o seu famoso passinho para trás. Era impossível se conter.
Nas arquibancadas, eu o via de longe, mas a sensação que experimentei, tenho certeza, era a mesma de quem estava lá na frente, vendo tudo de pertinho. E quando ele chamou uma fã para subir ao palco, enquanto cantava “She´s out of my life”, era como se eu mesma estivesse lá, no lugar dela. Pude sentir o seu abraço com toda intensidade.
Os efeitos especiais surgiam a toda hora e a música, aliada à dança, envolvia o público cada vez mais. Ao avançar sobre a platéia em um guindaste móvel, ele parecia soberano, absoluto. Mas o momento de maior êxtase, para mim, foi ao final, quando ele cantou “Heal the World” ao lado de um grupo de crianças. Aí eu fiquei entregue, seduzida, hipnotizada. Não pude conter as lágrimas. Sim, eu estava ali, vendo Michael Jackson, o Rei do Pop, ao vivo e em todas as cores..."
Muita gente fala que não aguenta mais ouvir sobre o MJ. Pois eu discordo. O tempo todo somos bombardeados com notícias inúteis, fofocas, coisas ruins sobre política etc, etc, etc...
ResponderExcluirFalar sobre alguém que fez história MESMO é incrível. Seu texto é ótimo (e me deu uma certa inveja, admito)! Parabéns, Ciça!
Beijos!!!
aaaii e eu nem fui...mas estive lá agora a pouco,no meio das pessoas,cantando e me extasiando! estava lá com você e sua turma,pena que você não me viu,estava atraída demais pelo Michael Jackson...
ResponderExcluirPerdemos muitos amigos entre os 40 e 50 anos, é a fase em que eles sofrem as consequências dos exageros, quando o corpo, já mais fraco, não tem a mesma facilidade para se recompor. O amigo fumante, o amigo bêbado, o amigo desregrado; normalmente gente pouco dedicada aos cuidados básicos da vida. Vão-se, ficamos aqui, lembrando de seus apelidos, de seus passes de bola durante o campeonato na escola, da raiva que sentimos quando começaram a namorar a lindona da turma. E tudo é esquecido gostosamente quando vemos o sorriso da criançada, fonte de esperança e renovação de hábitos.
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