quinta-feira, 17 de setembro de 2009

E por falar nos gêmeos...


Brasileiros e paulistanos, os gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá não são só os quadrinistas nacionais que receberam mais prêmios (se bem que só isto já bastava), mas também os mais simpáticos e acessíveis artistas que conheci (com exceção, é claro, do Neil Gaiman).

Na Festa Literária de Paraty (Flip) 2009, eles participaram de uma mesa sobre quadrinhos, dividindo o espaço com outros dois quadrinistas brasileiros: Rafael Grampá e Rafael Coutinho.
Logo de início eles ganharam a simpatia do público com a apresentação de um vídeo com uma cena da HQ Cortina, publicada na antologia americana Flight. Enquanto as cenas se desenrolavam na tela, um deles narrava a história. O resultado foi simplesmente encantador!

Minha amiga Gil, companheira por duas vezes de viagem a Paraty escreveu depois, por e-mail, suas impressões sobre os gêmeos:
– Realmente eles são lindos! Quando vi a projeção pensei que era a razão real pela qual eu tinha ido a Flip, mesmo que eu não soubesse antes...

Como aficcionada por quadrinhos, li algumas matérias sobre o trabalho e a atuação dos gêmeos, mas nunca havia tido a oportunidade de ler a obra deles. A chance então surgiu na Flip. Logo após a mesa, levei o livro 10 Pãezinhos – Crítica que tinha adquirido para eles autografarem e ganhei mais do que isto: um desenho de cada um e a oportunidade de conversar rapidamente com eles sobre o processo de criação. Ambos escrevem e desenham, mas cada qual tem um estilo próprio, e ao final acabam optando pelo melhor trabalho, sem maiores complicações.

O livro 10 Pãezinhos – Crítica trata-se de um fanzine com uma coletânea de histórias de amores perdidos e sonhados, sobre juventude e experiências recém-adquiridas, mas, principalmente, uma bela homenagem à amizade. A realidade e a ficção se misturam nas histórias, trazendo entre os personagens desenhados os próprios irmãos.

Fábio e Gabriel estão na estrada há dez anos, sempre juntos, fazendo aquilo que mais gostam: contar histórias em quadrinhos. Seus trabalhos já foram publicados no Brasil, nos Estados Unidos, na Espanha e na Itália. Participaram de algumas antologias e lançaram álbuns como Meu Coração, Não Sei Porquê, Mesa Para Dois e O Alienista, adaptação do texto de Machado de Assis. Esta obra rendeu-lhes o prêmio Jabuti.

Na bagagem eles ainda têm o mérito de serem os primeiros brasileiros a ganhar o prêmio Eisner, pela revista “5″, feita em conjunto com Becky Cloonan, Vasilis Lolos e o brasileiro Rafael Grampá, e pelas séries Umbrella Academy e Sugarshock.

Os prêmios no Eisner Award foram Melhor Antologia (5), Melhor Série Limitada (para Gabriel Bá, por The Umbrella Academy, junto com Gerard Way) e Melhor Comic Digital (para Fábio Moon, pelo trabalho em Sugarshock, em parceria com Joss Whedon).

Fábio Moon e Gabriel Bá são realmente talentosos e iluminados. Mas não só. Eles são ainda simpáticos, fofíssimos e o melhor de tudo, brasileiros.

3 comentários:

  1. Ai, sou louca para conhecer paraty, mas , mais ainda para ir até Ilha Grande. São lugares lindos, né? Beijos!

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  2. é realmente maravilhoso saber que esses dois lindos e fofos são brasileiros ! que Deus os abençoe e guarde, sempre,sempre!!
    obrigada por me mencionar amiga,eles foram realmente uma das razões por eu ter ido a Paraty,mesmo que eu não soubesse...aquelas surpresas escondidas!
    beijos!!

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  3. Ai, que delícia ler esse texto... Deu uma saudade da Flip...
    E esses dois são geniais, mesmo!
    Beijo, querida!

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