Nas várias mudanças de casa que fiz na vida, sempre procurei levar meus livros comigo. É verdade que tive de me desfazer de alguns (não sem uma certa dor no coração), mas procurei preservar aqueles que me eram mais caros, pensando em um dia formar e ter a minha biblioteca.
Ainda não consegui um espaço e uma estante adequados, de forma que meus livros estão entulhados (esta é a palavra certa) no meu armário, misturados com minhas roupas, acessórios e perfumaria. Alguns, contudo, circulam pelo meu quarto, repousando sobre minha cama, poltrona e mesinha.
Gosto de tê-los por perto, me dão uma sensação de acolhimento e proteção, e depois facilita quando preciso folheá-los para ver uma ou outra passagem que me interessa. A maioria eu já li, mas há outros que esperam pacientemente pela minha atenção. Não é que eu não goste deles, isso nem pensar, mas a simples existência deles já é suficiente para alimentar o meu ego. Isso me faz lembrar uma cena que vi na novela “Duas Caras”, com o personagem Macieira, interpretado pelo ator José Wilker. Professor, Macieira disse que sempre é bom estar rodeado pelos nossos livros, mesmo que nunca viéssemos a ler todos. Basta que estejam por perto.
Acho, também, que é assim que deve ser.
A propósito, há dois tipos de livros para mim: os que quero ter e os que quero apenas ler.
Os que quero ter, vou comprando aos poucos. Alguns eu já li e gostei tanto que quero ter na minha futura estante; muitos adquiro e depois leio em outra oportunidade; e ainda outros leio imediatamente.
Já os que quero ler, geralmente empresto com amigos ou em bibliotecas públicas, por isso, tenho carteirinha e freqüento umas quatro em São Paulo, além de três instaladas nas estações do metrô Paraíso, Tatuapé e Luz.
As bibliotecas que frequento foram escolhidas pela minha conveniência diária: perto de casa (Cassiano Ricardo e a do metrô Tatuapé), perto do trabalho (Viriato Corrêa e a do metrô Paraíso), perto do curso da pós (Monteiro Lobato) e uma no trajeto entre casa e trabalho (Sérgio Millet, no Centro Cultural). A do metrô Luz está fora do meu circuito, mas eu não resisti em não fazer carteirinha ali também. Assim, quando não encontro um livro em uma, corro para outra e assim vai, até estar com o exemplar na mão.
Duas das bibliotecas públicas que freqüento são temáticas: a Cassiano Ricardo, que tem como foco a música e possui um bom acervo sobre o assunto; e a Viriato Corrêa, que é especializada em Literatura Fantástica, com programação e cursos voltados para o tema. Já a Monteiro Lobato, embora não seja temática, conta com um bom acervo de quadrinhos em sua Gibiteca. E a Sérgio Millet, tem praticamente tudo o que procuro, é a mais completa para mim.
Com tantas opções, não sei como tem gente que não tem paciência e não gosta de bibliotecas. É um prazer para mim estar naquele espaço com inúmeros livros à mão para me deleitar e fazer voar a minha imaginação. As bibliotecas públicas de São Paulo estão sendo repaginadas e informatizadas, e oferecem um leque bem maior de opções aos apaixonados pela leitura.
Assim, embora não frequente, por serem fora dos meus limites de circulação, há outras bibliotecas públicas temáticas em São Paulo: a Alceu Amoroso Lima (Poesia); a Belmonte (Cultura Popular); a Hans Christian Andersen (Contos de Fadas); a Roberto Santos (Cinema); a Mário Schenbert (Ciências); e a Raul Bopp (Meio Ambiente). E uma ainda em formação: a Prestes Maia (Arquitetura e Urbanismo).
Se você estiver em São Paulo e quiser saber mais acesse:
Caso não seja de São Paulo, procure na sua cidade, as bibliotecas disponíveis. Você só tem a ganhar.
Uma biblioteca especializada em livros sobre música? Muito bom! As que conheço em Porto Alegre são genéricas. Ótima idéia esta.
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