Pensava em começar este post de outra forma, mas como a vida não é estática (graças a Deus!), fatos novos vão se sucedendo e acabam direcionando nossos passos por outros caminhos.
Quem assistiu na terça-feira passada a historinha de vida contada no final da novela da Globo, das 20 horas, que na verdade é das 21 horas, sabe do que vou falar. Só fazendo um pequeno parênteses: sim, vez por outra eu assisto novela, principalmente quando estou em casa e quero descansar a cabeça de assuntos mais sérios, se bem que essa última anda meio fraquinha.
Pois é, finda a novela eu já estava pronta pra sair da sala e fazer outras coisas quando minha mente foi despertada por uma simples palavrinha na história daquele homem. E esta palavrinha não podia ser outra que não fosse LIVRO. Parei e resolvi prestar atenção.
O pedreiro Evando (é isso mesmo, eu conferi) dos Santos, hoje com 49 anos, só aprendeu a ler depois dos 18 anos, quando frequentou a escola dominical de uma igreja. A cartilha não era outra senão a Bíblia, livro este que muito o encantou. Mas a grande virada aconteceu quando foi consertar um vazamento em uma casa e, no caminho, passou por uma loja de peças que tinha 50 livros em cima do balcão. Ele então perguntou ao dono da loja se queria vender os livros e esse lhe disse que iria doá-los. Evando ficou com os livros e com eles resolveu abrir uma biblioteca em sua própria casa. Com o passar do tempo, ele foi adquirindo novos livros e a casa ficou abarrotada de tantas obras literárias. Nasceu assim a Biblioteca Comunitária Tobias Barreto de Meneses, na Vila da Penha, no Rio de Janeiro, que conta atualmente com 45 mil exemplares.
Pois é, finda a novela eu já estava pronta pra sair da sala e fazer outras coisas quando minha mente foi despertada por uma simples palavrinha na história daquele homem. E esta palavrinha não podia ser outra que não fosse LIVRO. Parei e resolvi prestar atenção.
O pedreiro Evando (é isso mesmo, eu conferi) dos Santos, hoje com 49 anos, só aprendeu a ler depois dos 18 anos, quando frequentou a escola dominical de uma igreja. A cartilha não era outra senão a Bíblia, livro este que muito o encantou. Mas a grande virada aconteceu quando foi consertar um vazamento em uma casa e, no caminho, passou por uma loja de peças que tinha 50 livros em cima do balcão. Ele então perguntou ao dono da loja se queria vender os livros e esse lhe disse que iria doá-los. Evando ficou com os livros e com eles resolveu abrir uma biblioteca em sua própria casa. Com o passar do tempo, ele foi adquirindo novos livros e a casa ficou abarrotada de tantas obras literárias. Nasceu assim a Biblioteca Comunitária Tobias Barreto de Meneses, na Vila da Penha, no Rio de Janeiro, que conta atualmente com 45 mil exemplares.
O que me chamou a atenção nessa história, além dela girar em torno do livro, é claro, é que veio bem a calhar nesta semana. É que hoje, 29 de outubro, é o Dia Nacional do Livro. A data foi escolhida por ser a do aniversário da fundação da Biblioteca Nacional, que nasceu com a transferência da Real Biblioteca portuguesa para o Brasil. Possui um acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, moedas e medalhas.
Ao lado dessa história bonita, há outra. Infelizmente não tão bela assim. Ainda nesta semana, me deparei com uma matéria na internet que me deixou indignada (http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u643759.shtml). Após uma denúncia anônima, a polícia encontrou, em uma caçamba de lixo, ao lado de uma escola na cidade de Ribeirão Preto (SP), cerca de 1.500 cadernos de exercício do aluno, distribuídos pela rede estadual neste ano. Muitos estavam soltos, mas havia exemplares em embalagens fechadas. Os funcionários da escola não souberam como o material foi parar no lixo e a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação negou que estes tenham jogado os livros no lixo.
Foram abertas investigações para apurar as responsabilidades e até a diretora da escola já foi afastada. No entanto, algumas considerações devem ser feitas sobre esse caso:
Foram abertas investigações para apurar as responsabilidades e até a diretora da escola já foi afastada. No entanto, algumas considerações devem ser feitas sobre esse caso:
1º) O Governo do Estado não tem controle sobre o material que manda às escolas?
2º) São impressos mais materiais do que o necessário? Por que? Alguém está ganhando com isso?
3º) Os livros jogados eram excedentes? Por que então a direção da escola não devolveu os livros que sobraram?
4º) As escolas não dispõem de espaço físico para abrigar os livros que recebem?
5º) O material é de péssima qualidade?
6º) Os estudantes recebem o material? São orientados a utilizá-los? (consta quem muitos ficam guardados em casa, sem uso).
Bom, e por aí vai...
6º) Os estudantes recebem o material? São orientados a utilizá-los? (consta quem muitos ficam guardados em casa, sem uso).
Bom, e por aí vai...
Queria terminar de uma forma mais bonita, mais poética, mas acabei indignada. O livro não merece este tratamento, nem na semana em que comemora o seu dia, nem em período nenhum do ano. Só espero que o exemplo do sr. Evando fique e seja um incentivo para que o livro e a leitura estejam mais presentes na vida dos brasileiros – e com muito respeito.
essa historinha do sr Evandro foi a única da qual ouvi inteira e achei linda!um exemplo maravilhoso! e o que aconteceu em Ribeirão Preto é lamentável,o livro,material digno de respeito tem que ser mantido,guardado,lembrado,relido...fico torcendo para que notícias assim não se repitam mais,fico na esperança!
ResponderExcluirEita... Nem sempre as coisas tomam o rumo que a gente espera... Comecei a ler seu texto e, como não estou em casa no horário da novela, só aqui fui apresentada à história do sr Evandro... Mas, logo depois você nos mostrou o que houve no lixo da escola... É, infelizmente nem só de bons exemplos a gente vive... Às vezes é preciso de contraste. E você fez isso, apresentou o contraste.
ResponderExcluirComo disse a Gil, ainda fico na esperança de que as coisas mudem... Prefiro pensar assim...
Beijos, Ciça...
Arrasou!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirSou sua fã. beijinhos!
minha mae é coordenadora do estado.....ela vive falando isso...eles compram mta coisa desnecessaria pra desviar $$. nem tem mais onde guardar caderno.
ResponderExcluiré triste.
bjs